PETRÓPOLIS

A Serra da Estrela, onde se encontra Petrópolis, era praticamente desconhecida pelos colonizadores portugueses nos primeiros 200 anos de colonização, salvo por alguma expedição exploratória para tomar posse de sesmarias. Isso se devia ao enorme paredão montanhoso de mais de 1000m de altura que tinha que ser vencido para se chegar até lá; e também pela presença dos bravios índios Coroados que habitavam serra acima. Ali não havia atividade econômica.

Somente quando os bandeirantes paulistas descobriram ouro nas Minas Gerais é que foi aberto o Caminho Novo, em 1704, para facilitar a viagem até as vilas mineradoras. O caminho era “novo” porque havia um outro, o “velho”, a variante do Caminho Novo, passando pelo alto da serra onde hoje está nossa cidade desde meados dos anos 1600, muito longo e de difícil trânsito, aberto pelos próprios bandeirantes, constituído de trilhas e picadas até as minas de ouro. 

É impossível pensar Petrópolis, Juiz de Fora, Barbacena, São João Del Rei e Ouro Preto sem antes pensar o Caminho Novo. Também não dá para entender Petrópolis sem a subida da Serra Velha, por onde vieram os nossos pioneiros colonizadores. Conhecer esses caminhos é conhecer 300 anos da nossa história.

O Caminho Novo faz parte de uma rede de importantes caminhos do Brasil Colonial, aos quais era dado o nome de Estrada Real. Muitos desses caminhos eram antigas trilhas e veredas abertas pelos bandeirantes que se embrenhavam pelo sertão, na direção de Minas Gerais e Goiás, à procura de ouro e pedras preciosas. O mais antigo deles, conhecido como Caminho Velho, ia de São Paulo, de Piratininga até Taubaté, subia a Serra da Mantiqueira, passava por São João del Rey e ia para Vila Rica, Caetés, Sabará. Dali havia extensões para Tijuco (Diamantina), Jaguará, até a região da Fazenda Meia Ponte, hoje Pirenópolis, Goiás.

Mas quem vinha da capital, Rio de Janeiro, tinha de ir em uma embarcação até Paraty, subir e descer a Serra do Mar até Taubaté para encontrar o Caminho Velho e seguir adiante. Do Rio eram “99 dias de viagem, sendo 43 a pé ou a cavalo”, conforme descrição do Governador Geral Artur de Sá e Meneses, que fez a viagem em 1699, para avaliar as possibilidades da exploração do ouro. Foi após essa viagem que ficou decidida a abertura de um caminho oficial por onde pudesse ser transportado sob controle, o ouro extraído nas minas e fosse feito todo o suprimento das dezenas de arraiais e vilas que iam surgindo em torno da mineração.

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