O departamento jurídico do Alvinegro está preocupado com os entraves que podem aparecer lá na frente, por isso entrou com uma ação contra a editora reivindicando os Direitos Autorais da música e representantes dos herdeiros do autor.

O Corinthians processou a Editora Musical Corisco, que alegou ter assinado contrato editorial com o compositor Lauro D'Avila em 1969 e a Musiclave Editora Musical, que alegou representar o autor dos herdeiros do hino. O processo, iniciado em novembro de 2022 perante a 30ª Vara Cível de São Paulo, ainda não foi concluído. O objetivo é evitar novos tumultos como o ocorrido em 2011, quando o clube recebeu uma notificação extrajudicial da Musiclave por tocar o hino em um anúncio da TV Bandeirantes.

Bom, essa notificação de 2011 não acabou em processo, mas serviu como informação ao Corinthians que o contrato de 1969 existia e que a Musiclave poderia finalmente reivindicar os Direitos Autorais do hino utilizado pelo clube. A assessoria jurídica do Timão quer acabar com esse obstáculo e tornar o hino “Campeão dos Campeões” oficialmente como Propriedade Autoral do clube, sem condições e sem pagamento pelo seu uso.

O primeiro hino do Corinthians foi em 1930 e não acabou indo para frente. Em 1952, Lauro D’Avila criou "Campeão dos Campeões". A partir de 1954, com a conquista paulista, a canção passou a ser cantada em todas as competições. No ano seguinte, o então presidente Alfredo Ignácio Trindade nomeou a música o hino oficial, com acordo verbal com o compositor.

Os corintianos alegam que os autos mostram Lauro D'Avila como autor de composições musicais sempre associadas ao Corinthians: "um marco em sua breve e reduzida atuação como compositor”, afirmou o Timão na ação.

O Corinthians tentou um acordo e alegou que isso não impediria as editoras de cobrar royalties de quem gravou o hino. O processo ainda está aberto.