SANTA LUZIA

A história do município originou-se com aventureiros que em busca de riquezas, descobriram Santa Luzia. Tudo começou, em 1692, durante o ciclo do ouro. Uma expedição dos remanescentes da bandeira de Borba Gato implantou o primeiro núcleo da Vila, as margens do rio das Velhas, no garimpo de ouro de aluvião. Com a enchente do rio, o pequeno vilarejo mudou-se para o alto da colina, onde, hoje, é o Centro Histórico da cidade. Em 1697, ergueu-se o definitivo povoado. Mais de 150 anos depois, em 1856, o povoado foi emancipado e desmembrado de Sabará e a partir de 1924, passou a se chamar Santa Luzia.
Santa Luzia tornou-se um importante centro comercial, ponto de parada dos tropeiros que vinham negociar e comprar mercadorias. Na rua do Comércio, no bairro da Ponte, existia um porto para os barcos que navegavam pelo Rio das Velhas, transportando mercadorias comercializadas em Minas Gerais. Assim, Santa Luzia passa a ser um ponto de referência do comércio, cultura e arte. O Distrito de São Benedito, na década de 50, começou a ser povoado. Mais tarde foram construídos, no local, grandes conjuntos habitacionais o Cristina e o Palmital e ocorreu a expansão do comércio.
Fato importante para a cidade foi a visita do imperador D. Pedro II em 1881, ficou hospedado no Solar da Baronesa, um centro de referência social e cultural do  início do século XIX, localizado na Rua Direita, no Centro Histórico. A visita foi registrada, pelo Imperador no seu diário de viagem, publicado no Anuário do Museu Imperial Vol. XVIII – Petrópolis 1987, que concedeu ao município o título de cidade imperial.
A padroeira da cidade foi escolhida devido a esse relato. De acordo com a história oral, um pescador chamado Leôncio, que tinha problemas na visão, observou um objeto brilhando no rio, enterrado na areia. Quando pegou era a imagem de Santa Luzia, a santa protetora dos olhos, e assim se deu o primeiro milagre da santa, já que na mesma hora ele volta a enxergar. A imagem foi levada para a primeira capela do arraial, tornando-se a padroeira do município. O Sargento- Mór Pacheco Ribeiro, que morava em Portugal, ao ficar cego, fez uma promessa a Santa Luzia das Minas Gerais, que se voltasse a enxergar viria para a cidade. Como recebeu o milagre, ele se mudou com suas três filhas para Santa Luzia e reformou e aumentou o templo, onde hoje está a Igreja Matriz, localizada na Rua Direita, no Centro Histórico.
Um fato importante que marcou a história da cidade, foi a Revolução Liberal de 1842. O casarão, onde abriga hoje a Casa da Cultura, antigo Solar Teixeira da Costa, foi o quartel-general dos revolucionários e ainda guarda as marcas de balas em suas janelas. A batalha final foi travada no Muro de Pedras, entre as tropas do revolucionário Teófilo Otoni e do legalista Duque de Caxias.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Santa Luzia do Rio das Velhas, pelo Alvará de 16-02-1724, e Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa Luzia do Rio das Velhas, pela Lei Provincial n.º 317, de 18-03-1847. Sede na antiga povoação de Santa Luzia do Rio das Velhas. Constituído de 5 distritos: Santa Luzia do Rio das Velhas, Lagoa Santa, Matozinhos, Sete Lagoas e Santa Quitéria. Instalada em 01-08-1847.
Pela Lei Provincial n.º 472, de 31-05-1850, a vila é extinta, sendo seu território anexado ao município de Sabará ou Conceição (ex-Conceição do Serro).
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Santa Luzia do Rio das Velhas, pela Lei n.º 755, de 30-04-1850, desmembrado de Conceição ou Sabará.
Pela Lei Provincial n.º 912, de 04-07-1858, é criado o distrito de Nossa Senhora da Conceição de Jaboticatubas (ex-povoado de Ribeirão Raposo), e anexado à vila de Santa Luzia do Rio das Velhas.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Santa Luzia do Rio das Velhas, pela Lei Provincial n.º 860, de 14-05-1858.
Pela Lei Provincial n.º 1.355, de 06-11-1866, e Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Riacho Fundo e anexado ao município de Santa Luzia do Rio das Velhas.
Pela Lei Provincial n.º 2.022, de 15-11-1873, e Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Pau Grosso e anexado ao município de Santa Luzia do Rio das Velhas.
Pelo Decreto Estadual n.º 184, de 06-09-1890, e Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Capim Branco e anexado ao município de Santa Luzia do Rio das Velhas.
Pela Lei Municipal n.º 1, de 16-09-1892, é criado o distrito de Lapinha e anexado ao município de Santa Luzia do Rio das Velhas.
Pela Lei Municipal de 27-07-1901, é criado o distrito de Pedro Leopoldo e anexado ao município de Santa Luzia.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município se denomina Santa Luzia do Rio das Velhas é constituído de 9 distritos: Santa Luzia do Rio das Velhas, Capim Branco, Nossa Senhora da Conceição de Jaboticatubas, Lagoa Santa, Lapinha, Matozinhos, Pau Grosso, Pedro Leopoldo e Riacho Fundo.
Pela Lei Estadual n.º 663, de 18-09-1915, é criado o distrito de Vespasiano e anexado ao município de Santa Luzia do Rio das Velhas.
Pela Lei Estadual n.º 703, de 17-09-1917, o distrito de Pau Grosso tomou o nome de Baldim.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município é constituído de 10 distritos: Santa Luzia do Rio das Velhas, Baldim (ex-Pau Grosso), Capim Branco, Nossa Senhora da Conceição de Jaboticatubas, Lagoa Santa, Lapinha, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Riacho Fundo e Vespasiano.
Pela Lei Estadual n.º 843, de 07-09-1923, desmembra de Santa Luzia do Rio das Velhas os distritos de Pedro Leopoldo, Capim Branco, Matozinhos e Lapinha foram transferidos de Santa Luzia sendo que Lapinha com a denominação de Fidalgo, para constituir o novo município de Pedro Leopoldo. Sob a mesma Lei Estadual o distrito de Nossa Senhora da Conceição de Jaboticatubas tomou o nome de Jaboticatubas.
Pela Lei Estadual n.º 860, de 09-09-1924, o município de Santa Luzia do Rio das Velhas tomou o nome de Santa Luzia.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 6 distritos: Santa Luzia (ex-Santa Luzia do Rio das Velhas), Baldim, Jaboticatubas (ex-Nossa Senhora da Conceição de Jaboticatubas), Lagoa Santa, Pau Grosso e Riacho Fundo.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 148, de 17-12-1938, o município sofreu a seguintes modificações: desmembram-se de Santa Luzia os distritos de Jaboticatubas, Baldim e Riacho Fundo, para constituir o novo município de Jaboticatubas. Ainda é desmembrado de Santa Luzia o distrito de Lagoa Santa, sendo elevado à categoria de município. Sob a mesma Lei Estadual, Santa Luzia adquiriu do município Sabará o distrito de Lapa e o distrito de Venda Nova adquirido do município de Belo Horizonte.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 4 distritos: Santa Luzia, Lapa, Venda Nova e Vespasiano.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.058, de 31-12-1943, o distrito de Lapa passou a denominar-se Ravena.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 4 distritos: Santa Luzia, Ravena (ex-Lapa) Lapa, Venda Nova e Vespasiano.
Pela Lei n.º 336, de 27-12-1948, desmembra de Santa Luzia o distrito de Vespasiano elevado à categoria de município. Sob mesma lei, o distrito de Venda Nova foi transferido de Santa Luzia para Belo Horizonte.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Santa Luzia e Ravena.
Pela Lei n.º 1.039, de 12-12-1953, o distrito Ravena, foi transferido de Santa Luzia para o de Sabará.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 2.764, de 30-12-1962, é criado o distrito de São Benedito e anexado ao município de Santa Luzia.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Santa Luzia e São Benedito.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

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